Importar um veículo da Suíça
Introdução

Existe uma grande comunidade portuguesa na Suíça e, por causa disso, muitas vezes recebo perguntas sobre como importar veículos da Suíça para Portugal.
Este artigo explica como se processa a importação da Suíça para Portugal e quais os custos associados. Também se aplica a veículos que já estão em Portugal com matrícula suíça.

Apesar dos preços dos automóveis e das motas poderem ser convidativos na Suíça, raramente compensa importar para Portugal porque os impostos a pagar são muito elevados – pagam-se direitos aduaneiros, ISV (sem desconto de idade) e IVA.
É perfeitamente normal um carro suíço vulgar pagar entre 5.000€ a 10.000€ para ser legalizado em Portugal.

Ao contrário de uma crença comum, não existe um “estatuto de emigrante” (na Suíça ou em qualquer outro país) na legalização de automóveis em Portugal.

Existe sim um regime de isenção para pessoas que se mudem para Portugal, o que normalmente é confundido com um benefício fiscal dado a emigrantes que estejam ou não de regresso ao país.
Esta isenção é dada a todas as pessoas, independentemente de serem ou não emigrantes, de qualquer país e nacionalidade, desde que se mudem para Portugal e determinados os critérios.

Os diferentes cenários

Existem alguns cenários possíveis na importação de um veículo da Suíça para Portugal mas, no essencial, englobam-se em apenas duas formas de importação.

As situações mais comuns são:

  • emigrantes que se mudam definitivamente para Portugal
  • residentes em Portugal que querem importar um veículo da Suíça para Portugal
  • emigrantes que querem dar ou vender um veículo a um residente em Portugal (um familiar, um amigo, etc.)
  • emigrantes que querem importar um veículo para Portugal mas, não se vão mudar (para ficar em Portugal, para ser usado nas férias, etc.)

No primeiro caso, emigrantes que se mudam definitivamente para Portugal, existe um procedimento específico que, regra geral, é muito favorável e que deve ser usado sempre que possível, chamado isenção por mudança de residência.

Nos casos seguintes, qualquer que seja a situação, o procedimento e o contexto é sempre o mesmo: não há qualquer isenção ou benefício fiscal.
Quer isto dizer que, para o estado português, quer seja um português a importar da Suíça ou um emigrante a importar, o processo de legalização e os impostos são exactamente os mesmos. Não há qualquer diferença, benefício ou isenção fiscal nestes casos – é tudo igual.

Emigrantes que se mudam definitivamente para Portugal

Se esteve emigrado na Suíça e vai voltar para Portugal pode trazer consigo um veículo completamente isento de impostos (excepto IUC) – qualquer veículo, não importa o tipo, o motor, o combustível, o número de passageiros, pode ser qualquer veículo.
A isenção é possível num único veículo por pessoa – seja uma mota, um carro ou qualquer outro veículo.
Se no seu agregado familiar existem duas ou mais pessoas maiores de 18 anos, pode fazer uso desse facto e trazer, no total, mais do que um veículo, desde que se cumpram as respectivas condições para isenção. Por exemplo, se for um casal, podem trazer no total dois veículos, um por pessoa (os veículos deverão estar registados separadamente, não é obrigatório mas é mais simples, e as pessoas terão que cumprir todas as condições).
O pormenor mais importante a ter em conta nesta situação é que só pode usufruir desta isenção uma vez a cada 10 anos.

Se ainda não tem o veículo que pretende trazer, a minha sugestão vai no sentido de escolher um veículo que não seja comum em Portugal e que não pague muito de IUC. A vantagem desta isenção é inversamente proporcional à idade do veículo, ou seja, quanto mais velho for o carro, menos compensa.

Qualquer outro caso que não o anterior

Fazendo a conclusão antes do desenvolvimento, o mais importante a reter é: raramente compensa importar veículos da Suíça para Portugal.
Se quer saber porquê, pode continuar a ler.

Existe uma crença comum que há uma forma de não pagar impostos se for emigrante: isto não é verdade.
A única coisa que existe é a isenção na mudança de residência, de que falei na secção anterior – não há mais nenhum regime, forma ou método de pagar menos impostos na importação de um carro se for emigrante.

Esclarecida esta situação, a Suíça, apesar de ser um destino preferido dos portugueses para emigrar, não é um país da UE.
Assim, a forma como se importam veículos da Suíça não é tão simples como se fosse um veículo proveniente da UE.
Existem duas questões que se devem ter em conta: o custo e as burocracias (legalização).

Quanto ao custo, o principal a reter é que paga mais impostos do que um veículo da UE mas, pode em alguns casos não pagar todos os impostos.
Quanto à legalização, tem mais alguns passos que uma importação da UE mas, no essencial, é muito semelhante.

Qualquer veículo proveniente de um país fora da UE paga essencialmente três “impostos”:

  • direitos/tarifas aduaneiras – até 10% sobre o valor do veículo + despesas (transporte, seguros, etc.), podem ser referidas como tarifas alfandegárias, taxas alfandegárias, tarifas aduaneiras ou algo similar
  • ISV
  • IVA – 23% sobre a soma dos valores anteriores e do valor do veículo

As tarifas aduaneiras são um imposto que se paga sempre que um bem atravessa a fronteira de um território. É um instrumento para proteger o comércio e a indústria de um determinado território ou país, utilizado há séculos e ainda em vigor. No caso de Portugal, as tarifas aduaneiras são definidas ao nível da UE e comuns a todos os países da UE.

Nos veículos, as tarifas variam conforme o tipo de veículo, existindo diversas classificações que podem aumentar ou diminuir a taxa.
Por ser um tema complexo, com muitas nuances, para que este texto não se torne demasiado exaustivo, daqui em diante vou ser sucinto, indicando apenas as situações mais comuns – existirão outros casos e outros enquadramentos que não serão aqui tratados.
Neste caso, importação de veículos de um país fora da UE para Portugal, posso resumir assim: regra geral, a tarifa aduaneira é 10% para todos os veículos provenientes de países sem acordos comerciais. Nas motos e em alguns outros veículos, a taxa pode ser ligeiramente inferior (5%) mas, para simular, conte sempre com 10%.
Nos países com acordos comerciais esta taxa pode baixar ou até ser 0%. A Suíça tem um acordo comercial com a UE que permite, em algumas situações, ter uma taxa aduaneira de 0%.
É o caso dos bens que sejam fabricados na Suíça ou que tenham sido fabricados na UE e tenham sido importados para a Suíça e re-exportados para a UE.
Assim, no caso dos carros, um BMW fabricado na Alemanha pagará 0% de taxas aduaneiras enquanto um Ford fabricado nos Estados Unidos da América pagará 10% (do que conheço, a Suíça não tem fábricas automóveis relevantes).

No entanto, esta isenção das taxas aduaneiras só é possível mediante a apresentação de um certificado de origem. Um certificado de origem é um documento (um simples papel – está a começar a transição para certificados digitais) que atesta que determinado produto foi fabricado em determinado país. Se o certificado de origem comprovar que o carro foi fabricado na UE, paga 0% de taxas aduaneiras, se fabricado noutro país qualquer, paga 10%.

Como é que sabe quanto paga determinado carro de taxas aduaneiras? Pode consultar esta base de dados – atenção que, para um leigo, é capaz de ser de utilização um pouco complicada.

Quanto ao ISV, é pago pela totalidade, independentemente da idade (nas importações de países da UE existe um desconto conforme a idade), o que quer dizer que quanto mais velho for o veículo maior é a “penalização” – pagará ISV como se fosse um veículo novo, com as respectivas consequências.

Como se tudo isto não fosse desencorajador o suficiente, ainda se terá que pagar IVA a 23%, que incide sobre a soma do valor das taxas aduaneiras, do ISV, do valor do veículo e de quaisquer outras despesas que possam existir (custos de transporte, seguros, etc.).
Existe uma pequena acção que lhe permite pagar um pouco menos nesta situação: sempre que, comprando a um comerciante profissional, declare que o veículo é para exportação, o IVA suíço (a existir) é deduzido do preço de compra. O IVA suíço, ao contrário do português, é bastante inferior (7,7% em 2021) pelo que, na prática, a redução no preço é muito ligeira.

Imaginando então que quer importar da Suíça um carro americano que custa 10.000€, gasolina 2.000cm3 com 140g/km de CO2, terá que pagar:

  • taxa aduaneira: 10% sobre 10.000€ = 1.000€
  • ISV: 5.834,40€ (simulador – escolha na simulação “qualquer idade país não UE”)
  • IVA: 23% da soma de todos os custos e do veículo = 10.000€ (valor do carro) + 1.000€ (taxas aduaneiras) + 5834,40€ (ISV) = 16.834,40€ (valor soma) * 0,23 (taxa IVA) = 3.871,91€
  • Total impostos: 1.000€ (taxas aduaneiras) + 5.834,40€ (ISV) + 3.871,91€ (IVA) = 10.706,31€

Conforme pode ver acima, tudo isto leva a que importar qualquer veículo da Suíça, após fazer as contas, se mostre demasiado caro, tornando-se uma opção sem qualquer tipo de vantagem económica, independentemente do valor do veículo na Suíça ser relativamente baixo.

Quanto ao processo de legalização, é muito parecido com o processo de legalização de um veículo importado da UE.
As únicas excepções são:

Conclusão

Resumindo: se se vai mudar da Suíça para Portugal, compensa trazer um veículo, se não, face a outras alternativas (importação de um país da UE) não compensa.

Fonte: https://impostosobreveiculos.info/

O que é e como usar o Autovoucher
Para que serve o AUTOvoucher?

Com aumento dos preços dos combustíveis o Governo Português resolveu criar em 2021 o AUTOvoucher, uma iniciativa que tinha como objetivo reembolsar os contribuintes em 5€ por mês, em gastos efetuados nos postos de gasolina. Se o consumidor não realizasse nenhum abastecimento num determinado mês o benefício acumularia o valor para o mês seguinte.

Em Março de 2022 o Governo Português aumentou o subsídio de apoio aos combustíveis para 20€ (correspondendo a um desconto de 40 cêntimos por litro, num total de 50 litros por mês), para combater a subida dos preços de combustível derivada ao início da invasão da Ucrânia pela Rússia que provocou uma situação de instabilidade a nível mundial.

Este benifício funciona com base na despesa relizada nos postos de abastecimento aderentes, fazendo com que qualquer consumo além do abastecimento de viaturas (como por exemplo comprar jornais, comida ou bebidas) no posto dê direito ao reembolso.

Como posso usufruir do mesmo?

Para usufruir do AUTOvoucher, deve registar-se na plataforma IVAucher, lá irá ter acesso às suas despesas e saber o valor que foi debitado na sua conta.

Assim que estiver registado na plataforma, necessita de fazer um pagamento com o seu cartão bancário num posto de combustível aderente durante o mês de Março e o irão devolver-lhe um valor de 20€ na conta associada ao cartão que utilizou.

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Quais os cuidados a ter ao importar carro?

Sabia que o número de automóveis ligeiros de passageiros usados importados em 2019 ascendeu a 79.549, subindo 2,9% face a 2018? Embora nos primeiros nove meses de 2020, o número de usados ligeiros de passageiros importados tenha descido 26,3% face ao período homólogo do ano transato, importar carros é uma prática comum em Portugal. Tenha, no entanto, atenção ao cumprimento de todos os procedimentos obrigatórios e a alguns cuidados. Fique com um guia sobre o que ter em conta ao importar carro.

Antes da compra

Uma vez selecionado o tipo de automóvel pretendido, começa a viagem ao país de importação para encontrar o que mais se adeque ao que pretende, e que, acima de tudo, seja economicamente mais vantajoso. Não se esqueça que cada país tem os seus próprios custos em termos de importação, portanto no momento da procura, é essencial ter em consideração alguns pontos:

Stands verificados

Se optar por importar carro pesquise, sobretudo, em concessionários online que sejam internacionalmente conhecidos e seguros.

Informações sobre o veículo

Antes de comprar o carro, informe-se ao máximo sobre o estado, idade e quilometragem. Para conseguir avaliar o exterior, o número de sinistros e quantos proprietários teve o automóvel (caso opte por um usado), introduza o VIN (número de identificação do veículo) online. Existem alguns sites onde poderá obter informação sobre o histórico do veículo.

Exterior do automóvel

Verifique sempre se o carro apresenta sinais de corrosão no exterior, caso seja originário de países em que é comum nevar, fique atento, pois pode originar também problemas em termos mecânicos. Caso não consiga ver o carro presencialmente, peça sempre fotos e vídeos detalhados. 






Despesas

Antes de finalizar a compra, não se esqueça de fazer todas as contas relativamente a todo o processo de importação e às deslocações que implicam ir buscar o automóvel ao país de origem, ou contratar um serviço de transporte. Além de todas as despesas extra que depois terá uma vez que o carro esteja em Portugal, inspeções, ISV, para desta forma concluir se o automóvel que pretende compensa ou não importar.

Após a compra

Ainda no momento de compra não se esqueça de fazer o registo do carro com o ex-proprietário. Depois disso, e já no país em que reside, é preciso legalizar o veículo. Conheça os passos a seguir:

Inspeção B


Verifique toda a documentação que irá necessitar para a inspeção em Portugal, nomeadamente a declaração de venda, o Documento Único Automóvel e o Certificado de Conformidade Europeu (COC), guia de transporte se o carro tiver sido transportado até Portugal num camião/reboque. Esta inspeção irá servir para verificar se os documentos do automóvel estão de acordo com as características do mesmo.

Declaração aduaneira de veículos


Desloque-se a uma alfândega e entregue toda a documentação referida anteriormente, preenchendo a Declaração Aduaneira do Veículo. Poderá também fazer o pedido online no Portal Aduaneiro.


Pagamento de Impostos

Uma vez preenchida a declaração, serão emitidos os respetivos valores de ISV a pagar no multibanco, no banco, ou num serviço de finanças.
Uma vez pagos todos os impostos receberá a nova matrícula, e dessa forma já poderá subscrever um seguro.
Os últimos passos serão entregar diretamente no IMT a documentação que requereu na alfândega, assim como solicitar o Documento Único Automóvel.

Registo do veículo


Com o documento único automóvel e o seguro, pode agora registar a sua viatura na Conservatória do Registo Automóvel e começar a circular com o mesmo. Todo o processo terminará assim que efetuar o pagamento do IUC.


O processo de importação e legalização pode-se tornar bastante complexo, dada toda a burocracia envolvida. Na ImportaCarro encontrará uma equipa especializada que poderá fazer todo o processo por si, de uma forma muito mais simplificada.

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Redução do ISV nos carros importados

A redução do ISV dos carros usados importados da União Europeia por via da desvalorização da componente ambiental do imposto poderá chegar aos 612 euros num carro gama média-baixa (-49,54%) e aos 841 num de gama média-alta (-45,45%).

A proposta do OE2021 altera a fórmula de cálculo do ISV nos veículos usados importados de outro país da UE, passando a contemplar “percentagens de redução” na componente ambiental, que se encontra indexada à idade do veículo em causa.

Até agora, apenas a componente cilindrada era desvalorizada em função da idade do veículo, no cálculo do imposto dos carros usados importados.

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Falta de chips aumenta preços dos usados

Impacto da crise de semicondutores chega ao mercado de automóveis usados, com os preços das viaturas em segunda mão a subirem até 20% em Portugal.

Devido à escassez de semicondutores, a entrega de um carro novo pode levar 12 meses, enquanto comprar um usado pode sair 15 ou 20% mais caro, como consequência da escassez de semicondutores.

Tanto as vendas de carros novos, à exceção dos elétricos e dos híbridos que até têm batido recordes, como as dos usados têm vindo a registar quebras.

Sem incentivos para aumentar o consumo, o setor só acredita na retoma, isto é, no regresso das vendas ao nível pré-pandemia, em 2023.

Será este mais um motivo para importar carro? Com todos estes fatores, compensa ainda mais procurar soluções nos restantes países da UE.

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